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Freeporto faz 20ª edição

 Por Diogo Guedes, 

Publicado no Jornal do Commercio, 17 de dezembro de 2011

Evento literário pernambucano que mais faz jus à alcunha de “festa”, a Freeporto chega hoje, às 18h, no Bairro do Recife, a sua 20ª edição no ano. Para comemorar, o festival organizou uma noite de luau, com o lançamento do Manual da Freeporto, ao lado do Obelisco da Restauração Pernambucana. Ao mesmo tempo, as cidades de Goiana e Paulista organizam suas próprias programações.Com recitais e um breve balanço da atividade, a noite vai ser marcada pela distribuição, para os interessados, do manual, uma espécie de modelo com sugestões para a realização de festas literárias. Segundo o poeta Wellington de Melo, um dos membros do coletivo Urros Masculinos, para criar sua própria Freeporto, só é preciso obedecer a três “regras”: não ter fins lucrativos, não ter mensagens de ódio e ter relação com a literatura. “Na verdade, queremos provocar com o Manual da Freeporto uma reflexão sobre o que constitui um festival literário”, explica.Segundo o autor, o evento, a partir de agora, passa a ser uma marca disponibilizada em Creative Commons. Isso significa que qualquer um poderá organizar suas festas com o mesmo nome a qualquer momento. “Nossa ideia era plantar uma semente, indicar que todo mundo podia fazer eventos literários”, conta o escritor.

Com a ideia espalhada, duas cidades têm a sua própria Freeporto. Em Goiana, a programação da A Free Cana tem três leituras poéticas: no Espaço Dona Solange, às 9h, no Mercado Público, às 12h, e no Ponto de Cultura Alafiá, às 17h. Em Paulista, o evento conta com recitais, intervenções e apresentação dos grupos Subversivos, Tangerina Azul, The Price of Existence e Projeto Gato Atropelado, a partir das 20h.

Para Wellington, esses eventos provam que a Freeporto alcançou seus objetivos nesses três anos de existência, e o testemunho disso é a existência de edições da festa organizadas por outras pessoas que não seus criadores, o grupo Urros Masculinos. Eles não pretendem organizar a festa no próximo ano, mas nada impede que ela volte a acontecer, pelas mãos do coletivo, no futuro.

Ainda segundo o poeta e gestor da área de literatura da Secretaria Estadual de Cultura , o Urros Masculinos deve agora diminuir seu ritmo de atividades, para dar liberdade para os projetos pessoais de cada um de seus membros – além dele, fazem parte do coletivo os escritores Artur Rogério e Bruno Piffardini. Os colegas vão se dedicar a suas carreiras e produções individuais. “Quero, por exemplo, terminar meu primeiro livro de ficção, Estrangeiro no labirinto, para o final do ano que vem”, anuncia o escritor. (D. G.)

Freeporto – hoje, no Bairro do Recife, em Goiana e em Paulista. Programação completa no site: freeporto.wordpress.com.


Matéria no Diario de Pernambuco


Marcelino, o jabá e o urubu

Durante a Balada Literária, Marcelino Freire fez questão de divulgar a FreePorto, num jabazinho 3D, com direito a urubu da artista plástica Márcia Brito. Nesta foto, tirada pela querida Ivana Arruda Leite, que esteve com a gente ano passado, Marcelino, todo prosa com Sebastião, como foi batizado por aqui o urubu de Márcia.

Sebastião confirmou sua presença na FreePorto, aliás, e dará voos rasantes malfazejos durante as festas, garantindo alegria e satisfação a todos os presentes, além de anunciar um final trágico. 

Quem quiser conferir, mais uma vez, a programação da FreePorto ou navegar pelas cartas de intenções de nossos governadores, fique à vontade!


A FreePorto 2010 inova o conceito de Festa Literária

Publicado na Revista Algo Mais, dia 18 de nov. de 2010.

Entre os dias 03 e 05 de dezembro, o Bairro do Recife Antigo irá se transformar em um estado autônomo, e imaginário, chamado A República da Nova Bulgária. A FreePorto chega com o objetivo de discutir e refletir o conceito tradicional de festa literária, promovendo uma maior interação do público leitor com a literatura e os escritores. Em sua segunda edição, a proposta é transformar o Recife Antigo em um grande livro vivo.

O bairro será o palco da Nova Bulgária, que constitui um universo fictício, com governo próprio, em que os escritores poderão ser “donos da rua”. A história já começou a ser traçada. Escritores como Ivan Moraes Filho, Moisés Neto, Marcelinho Freire e Sidney Rocha já adquiriram suas terras na Nova Bulgária (que são, na verdade, ruas do Recife Antigo), e serão empossados durante o evento. Cada escritor pode criar as próprias leis dentro da província, e o público leitor poderá participar de uma grande narrativa sobre o casamento da raposa com o rouxinol. 

Promovida pelo grupo Urros Masculinos, a grande proposta do evento é transformar a FreePorto não em uma festa literária tradicional, mas, sim, em uma grande narrativa ao ar livre. Durante a programação, haverá conferências com nomes da literatura pernambucana e nacional, além da presença de escritores como o poeta uruguaio Martín Palácio Gamboa, Mario Prata, Ronaldo Correia de Brito, Nicolas Behr, Bruna Beber, Allan Salles, Aymmar Rodriguéz e Marcelino Freire, além dos representantes da nova geração pernambucana de escritores. 

Este ano, os homenageados da FreePorto são os escritores Lucila Nogueira, Silvana Menezes e Campos de Carvalho. Cada dia do evento é baseado, respectivamente, a partir das obras de cada escritor homenageado. Além disso, fazem parte da programação deste ano apresentações musicais, sessões de leitura, conversas, lançamentos de livros, entrega do 1º Prêmio Pierre Menard de Cover Literário (para quem fizer o melhor texto cover de autor favorito), entre os eventos que acontecerão no decorrer dos três dias.  

O FreePorto irá acontecer, principalmente, na Rua da Moeda e no Espaço Corpos Percussivos.
PROGRAMAÇÃO

No primeiro dia da FreePorto, o escritor e músico uruguaio, Martín Palácio Gamboa irá realizar uma apresentação musical, a partir das 20h, no Espaço Corpos Percussivos. Já a partir das 22h, os escritores pernambucanos Artur Rogério, Wellington de Melo e Bruno Piffardini irão comandar a posse dos senadores da Nova Gulgária, na Rua da Moeda, com participação do músico Allan Sales, que irá interpretar o hino neobulgáro. 

No sábado, dia 04, está previsto um passeio turístico de ônibus, com intervenções literárias, pelas províncias da Nova Bulgária, a partir das 14h, com saída na Rua da Moeda. Já às 14h, duplas de escritores como Allan Sales e Mariane Bigio, Malungo e Isabella Marques, Pedro Américo de Farias e Flô, além de Raísa Feitora e André de Senna, irão se apresentar na Rua da Moeda. O público ainda terá a oportunidade de sabatinar, sem a presença de um mediador, o escritor pernambucano Marcelino Freire. 

Para fechar o penúltimo evento da FreePorto, a partir das 18h, na Rua da Moeda, os músicos pernambucanos João Menelau, Kiko de Carnavale e Zé Manoel interpretarão O Casamento da Raposa na Nova Bulgária. Logo após, a público poderá curtir o show das bandas Sabiá Sensível e Rivotrill.

Para saber mais sobre a programação e as novidades da FreePorto 2010, acesse o site http://www.freeporto.wordpress.com

Link original: http://www.revistaalgomais.com.br/pdf/a_freeporto_2010_inova_o_conceito_de_festa_literaria.pdf


Matéria no Diario de Pernambuco

De novo Pierre Menard

Por Thiago Correa

Talvez a obra que melhor problematize a questão da cópia como método de criação seja o conto Pierre Menard, autor do Quixote do escritor argentino Jorge Luis Borges. A história aborda o caso de um escritor fictício que tinha como projeto de vida escrever, palavra a palavra, o Dom Quixote. Presente no livro Ficções (1944), até hoje o caso é usado como exemplo para discutir as relações entre a obra e o mundo, nos colocando a pergunta: a obra de Cervantes que lemos hoje é a mesma que foi criada no século 17?

Pegando carona nisso, a FreePorto lançou este ano o 1º Prêmio Nacional Pierre Menard de Cover Literário. Com inscrições abertas até 15 de outubro, o concurso vai premiar os três primeiros colocados nas categorias “conto” e “poesia”. Os vencedores serão eleitos com base em cinco critérios: “adequação aos padrões estéticos e formais de outrem; apropriação da dicção literária alheia; mimetização estilística de quaisquer recursos já existentes; total falta de originalidade e total falta de simancol e vergonha na cara”.

“É um exercício estético válido. Fazer uma cópia exige afinidade com a obra, você precisa apreender a dicção do autor, é um trabalho para profissionais”, defende o poeta e organizador do evento Wellington de Melo. Além de ressaltar a dificuldade de se elaborar um bom plágio, ele também considera que a cópia tem um papel importante na literatura. “Isso ressignifica a literatura, não é uma tiração de onda. A cópia propõe novas discussões”, aponta.

Mas como nada é inocente quando se trata de uma ação promovida pela FreePorto, Melo revela que o prêmio foi criado em cima de duas provocações. A primeira é uma brincadeira em torno do mercado de prêmios literários. “Não sei até que ponto esses valores dados a um escritor incentivam a leitura”, coloca. “A outra brincadeira diz respeito ao ego dos escritores, essa é uma classe muito apegada a originalidade, então resolvemos criar um prêmio para anular a originalidade”, completa. (TC)

 


Nota do Diario de Pernambuco

Publicado no dia 10 de julho de 2010.

Coluna Lançamentos/Livros

Em mais uma amostra da criatividade irônica da FreePorto, a festa criou o Prêmio Nacional Pierre Menard de Cover Literário. Com as inscrições abertas até 15 de outubro, os interessados devem enviar contos e poemas que atendam aos critérios de seleção: “apropriação da dicção literária alheia; total falta de originalidade; total falta de simancol e vergonha na cara”. O regulamento está no endereço: freeporto.wordpress.com

Link original: http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/07/10/viver2_0.asp


Nota n’O Estado de S. Paulo

EVENTO

Festa no Recife

A 2.ª FreePorto, festa literária criada no Recife como resposta à “prima rica” pernambucana Fliporto, aposta no nonsense para a edição que vai de 3 a 5/12. Após anunciar o Ano da Bulgária no Brasil e o Prêmio Nacional Pierre Menard de Cover Literário, ao qual concorrem os textos “menos originais possíveis”, o evento inicia em julho um jogo interativo que convidará leitores a desvendar um mistério relacionado ao tema do encontro, o conto O Casamento da Raposa.

Entre os autores já confirmados para o evento estão Mario Prata, Antonio Prata, Nicolas Behr e Ronaldo Correia de Brito.

Link original: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100619/not_imp568966,0.php


FreePorto celebra literatura com muita irreverência

Publicada no Diario de Pernambuco, dia 09 de novembro de 2009.

Por Nina Wicks de Almeida

Evento no bairro do Recife propôs liberdade total aos escritores e leitores, com oficinas nada convencionais e shows

Revelado no fenônemo dos blogs, escritor Santiago Nazariam leu conto inédito e revelou que se dedica a um novo livro. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Enquanto a quinta edição da FliPorto acontecia no balneário de Porto de Galinhas, as ruas esburacadas do Recife Antigo abrigaram, durante o fim de semana, o que se pode chamar de acontecimento genérico. Em sua primeira edição degustativa, a FreePorto quis celebrar a liberdade. Sem muita burocracia, e com bom humor, escritores e leitores deveriam, durante os três dias de festa, trocar idéias e vivenciar a literatura como bem quisessem, com direito a exaltações poéticas manifestadas a qualquer momento. O local escolhido foi o espaço Corpos Percussivos, no primeiro andar de um prédio da rua da Moeda. Intimista, a sala com sofá vermelho e cadeiras espalhadas contava com um bar no térreo, o que facilitava o clima de festa. “Festa é assim mesmo, informal, onde as pessoas discutem literatura como se estivessem nos bastidores”, celebrava Wellington de Melo, integrante do coletivo Urros Masculinos, idealizador do projeto. No lugar da galinha, o mascote era uma raposa, presente em quase todos os acontecimentos. No lugar de João Cabral de Melo Neto, as homenagens eram irecionadas ao poeta acreano J. G. de Araújo Jorge. Na noite de abertura, o primeiro sofá literário discutia a Receita de Bolo de Rolo: Como Fazer uma Festa Literária, com Marcelino Freire, Urros Masculinos e Cida Pedrosa, com mediação de Cristiano Ramos. E como fazer? Segundo Marcelino, “fazendo!” Para os participantes, entre uma cerveja e outra, é de undamental importância a existência dos movimentos conservadores para que se entenda um movimento anárquico como o que nascia ali. Revelado no fenônemo dos blogs, escritor Santiago Nazariam leu conto inédito e revelou que se dedica a um novo livro.
Enquanto eram servidas fatias de bolo-de-rolo para os presentes, o poeta Miró interrompia a cerimônia para declamar obras suas, incentivado pela organização e pelo público, enquanto Jomard Muniz de Britto jogava apitos para a plateia. “O melhor é que aqui não vemos só as caras repetidas de todo evento literário”, soltou o mediador. A noite seguiu com a inauguração da Pedra Fundamental da Nova Literatura Pernambucana, uma pedra de gelo colocada no meio da rua, para ser “eterna enquanto dure”, recitais de obras da sacada do espaço e da apresentação no meio da rua das bandas Semente de Vulcão e Johnny Hooker e Candeias Rock City. Como todo bom evento literário, a FreePorto também teve suas oficinas, como a Geração 51, onde o poeta Valmir Jordão ensinou como fazer uma caipirinha e Pedro Américo de Farias ensinando Estilos de Época na Amarração de Cadarço. Na tarde do sábado, o escritor Santiago Nazarian, revelado no fenômeno dos blogs, sentou com Cristhiano Aguiar para ler um conto inédito e responder perguntas. Ele agora se dedica a um livro de contos “porque é bom para o escritor renovar”, afirmava Nazarian, que já publicou cinco romances. Descendo as escadas do espaço, um tapete vermelho de cinco metros era o corredor para o lançamento de livros, neste caso, literalmente. Escritores como Lucila Nogueira, Marcelino Freire, Biagio e Sidney Rocha arremessavam seus livros o mais longe que conseguiam.

Link original: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/11/09/viver2_0.asp


Urrando em Sampa

Urrando em Sampa
Urros Masculinos segue para a Balada Literária (SP), onde relançarão a antologia “Tudo aqui fora escrito, tudo fora escrito ali”.

Depois do sucesso da primeira edição da FreePorto – Festa Literária do Recife, o clã literário Urros Masculinos encerra o movimentado ano de 2009 com uma passagem, não menos movimentada, por São Paulo. O grupo lançará no dia 19 na livraria O b_rco a antologia “Tudo aqui fora escrito, tudo fora escrito ali”, que apresenta 10 jovens escritores que vivem em Pernambuco. Dia 21 (sábado) a agenda do Urros é preenchida com uma apresentação na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, junto com os grupos Poesia Maloqueirista (SP) e Muito Barulho Por Nada (BA). Ainda em São Paulo o grupo gravará uma entrevista para o programa Entrelinhas, do TV Cultura.

Urros 2010 – Após a viagem a São Paulo o grupo ainda tem um compromisso: um bate-papo com o jornalista Thiago Correa e o crítico literário Artur A. de Ataíde no Porto das Letras – sede da GOLE (Av Rio Branco nº 76 A – Recife Antigo). O tema dessa conversa é a antologia organizada pelo Urros. Depois desse evento, a assessoria do grupo informa que tirarão merecidas férias da agitação cultural: voltarão a seus trabalhos pessoais e à sua produção literária. “É importante voltar para o casulo, escrever. Essa vida de agitação precisa ter um limite, se não você deixa de lado as coisas que realmente importam”, afirma Wellington de Melo. Em janeiro o grupo terá novidades sobre a FreePorto 2010.


Do Portal Literal

Por Felipe Pontes (RJ)

Um pouco de auto-crítica no Portal Literal – faltou mencionar no post sobre a Fliporto 2009 os preços cobrados pelos ingressos das palestras da festa: cada palestra (R$ 5,00); diária (R$ 15,00) e passaporte completo (R$ 50,00, que contempla toda a programação literária do evento).

O destaque, agora, não é uma tentativa leviana de criticar a cobrança de entradas, prática corriqueira na maioria das feiras, festas e bienais pelo Brasil afora. A questão é que, em Recife, o grupo literário Urros Masculinos oportunamente aproveitou o ensejo da Fliporto para subverter o costume, através de sua própria festa literária, paralela e grátis: a Freeporto, Festa Literária do Recife.

O início ocorre hoje, 06 de novembro, às 20 horas, no Espaço Corpos Percussivos, – Rua da Moeda, 150, Recife Antigo -, com o debate “Receita de bolo-de-rolo – Como fazer uma festa literária?”. Estarão presentes na mesa além dos integrantes do Urros Masculinos, a poeta Cida Pedrosa e o escritor Marcelino Freire.

“As pessoas fazem festa literária em que o público fica apenas olhando. O nosso evento é festa mesmo, com interação e ironia”, explica Arthur Rogério em entrevista ao Jornal do Commércio. Ao lado de Wellington de Melo e Bruno Piffardini, ele compõe o Urros Masculinos.

Além dos infalíveis shows e djs, uma festa literária que se preze não poderia deixar de contar com o lançamento de livros. Na Freeporto, eles serão literalmente arremessados, numa competição para ver quem joga mais longe seu mais novo título. “Eu não tinha dinheiro para publicar o meu primeiro livro de poemas, então decidi lançá-lo”, disse Rogério. “Um favorito ao melhor lançamento de 2009 é Rasif (Record) [leia um trecho], de Marcelino Freire, porque tem capa dura”, apostou Melo.

O evento segue até domingo, 08 de novembro, com off-sinas, como “Inspiração – o raio que o parta”, ministrada por Raimundo Carrero, e embates, como o enfrentado por Jomard Muniz de Britto – poeta, cineasta e professor – com uma plateia anônima, disfarçada por máscaras de raposa. O homenageado da Freeporto é o poeta acreano J. G. Araújo Jorge.

>Confira aqui depoimentos de autores e a programação completa da Freeporto 2009.